26 de dezembro de 2024 - 5:41 PM

13 pessoas morreram vítimas de balas perdidas em Salvador e região metropolitana no primeiro semestre de 2023

 13 pessoas morreram vítimas de balas perdidas em Salvador e região metropolitana no primeiro semestre de 2023

O Instituto Fogo Cruzado, que faz o mapeamento da violência armada, registrou 13 pessoas que morreram vítimas de balas perdidas durante tiroteios em Salvador e região metropolitana, entre 1° de janeiro e segunda-feira (23). O balanço foi divulgado nesta terça (24).

Segundo o instituto, 35 pessoas foram baleadas nesse período, sendo que 13 não resistiram aos ferimentos. O número representa 37,14% dos casos.

Na madrugada desta segunda-feira (24), morreu o menino Gabriel Silva da Conceição Júnior, de 10 anos, após ter sido baleado, na tarde de domingo (23), no bairro de Portão, em Lauro de Freitas, na Região Metropolitana de Salvador.

A mãe do garoto, Samile Costa, afirma que Gabriel Silva estava sentado na calçada, na frente de casa, por volta das 16h, quando equipes da 52ª Companhia Independente da Polícia Militar (CIPM), chegaram na localidade, em uma viatura, disparando sem alvo específico.

“Foi a polícia que entrou atirando e eu quero justiça, que eles percam a farda deles. Tiraram um pedaço de mim, o meu sonho, a minha vontade de viver. Eles tiraram todo o prazer da minha vida, destruíram”, disse a mãe do garoto.

No dia 11 de março, no mesmo bairro que Gabriel foi morto, um homem, identificado como Givanildo Lino Silva, morreu após uma ação policial. A família dele afirma que o morador foi confundido com criminosos e que policiais militares chegaram no local atirando.

Em entrevista para o programa Bahia Meio Dia, da TV Bahia, o secretário de Segurança Pública do estado, Marcelo Werner, contou se solidarizou com a família do menino e disse que a Polícia Civil começou as investigações para descobrir quem matou o garoto.

“A gente tem que se solidarizar com a família, com o pai e a mãe. Realmente é uma perda inestimável, qualquer criança, qualquer vida que é retirada, qualquer ato de violência. Eu mesmo, como secretário, não só me solidarizo, mas sinto efetivamente em razão disso”, disse o secretário.

Questionado sobre as versões distintas apresentadas pela família do menino e da Polícia Militar, Marcelo Werner defendeu que o caso tem que ser apurado e a verdade dos fatos será levantada pelas polícias Civil e Técnica. No entanto, o secretário ressaltou que tem confiança no trabalho da PM e que, caso seja comprovado comportamentos errados, “cortará da própria carne”.

Fonte: G1 Bahia