28 de dezembro de 2024 - 6:11 AM

Negligenciar autocuidado em prol de familiares põe em risco saúde feminina, alerta médica

 Negligenciar autocuidado em prol de familiares põe em risco saúde feminina, alerta médica

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Muitas mulheres não priorizam a própria saúde em detrimento dos cuidados com familiares, sejam eles filhos, pais idosos ou outros membros do núcleo familiar. Essa realidade, embora muitas vezes motivada pelo afeto e preocupação, pode apresentar consequências sérias para a saúde feminina em longo prazo.

A ginecologista Jaqueline Neves destaca a importância do autocuidado para as mulheres: “É fundamental que elas entendam que cuidar de si mesmas não é egoísmo, mas, sim, uma necessidade básica para uma vida saudável e equilibrada. Ignorar sua própria saúde pode resultar em complicações que poderiam ser evitadas com medidas simples além de atrair pessoas abusivas e com comportamentos tóxicos, seja no seio familiar ou no âmbito da amizade e trabalho”, ressalta.

Dados revelam que muitas mulheres adiam consultas médicas, exames de rotina e até mesmo tratamentos por conta de responsabilidades familiares. Esse comportamento, apesar de compreensível, pode levar a problemas de saúde sérios, como doenças crônicas não diagnosticadas, deficiências nutricionais e problemas emocionais decorrentes do estresse e da exaustão.

Alguns exames físicos, como o das mamas, da vulva, da região externa da genitália, do canal da vagina e do colo de útero, devem ser considerados de rotina, assim como a coleta do exame preventivo, mais conhecido como Papanicolau, que previne o câncer de colo de útero. A ginecologista recomenda também a realização da ecografia e mamografia, indicados geralmente a partir dos 40 anos, mas podem ser feitos antes por mulheres com histórico de câncer de mama na família. Para mulheres a partir dos 65 anos, o exame de densitometria óssea consegue detectar a osteoporose e a osteopenia.

De acordo com a médica Jaqueline Neves, “é crucial que as mulheres aprendam a estabelecer limites saudáveis e a priorizar sua própria saúde, mesmo que isso signifique delegar algumas responsabilidades familiares ou buscar ajuda externa. O autocuidado não é um luxo, mas, sim, um direito e uma necessidade.”

Além das questões físicas, a saúde mental das mulheres também é afetada quando determinados cuidados são negligenciados. É essencial que se promova uma cultura de autocuidado entre as mulheres, incentivando-as a priorizarem sua saúde física e emocional, defende a médica. Isso envolve não apenas buscar assistência médica regularmente, mas também reservar tempo para praticar exercícios físicos e se alimentar de forma saudável.

Foto: Jaqueline Neves/Divulgação

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