Correios registram prejuízo de R$ 2,6 bilhões em 2024, aponta demonstrações financeiras

Os Correioa encerraram o ano de 2024 com um prejuízo de R$ 2,6 bilhões, segundo balanço financeiro publicado nesta sexta-feira (9), no Diário Oficial da União. É o maior déficit registrado pela estatal desde 2016, quando o prejuízo chegou a R$ 1,5 bilhão.
Em 2023, o déficit havia sido de R$ 597 milhões, mas foi reavaliado para R$ 633 milhões após ajustes contábeis. A empresa afirma que, mesmo com 85% de suas mais de 10 mil unidades operando no vermelho, segue garantindo presença em todos os municípios brasileiros.
Entre os principais fatores que contribuíram para o mau desempenho estão a queda na receita, R$ 18,9 bilhões, a menor desde 2020, e o aumento de custos operacionais, que chegaram a R$ 15,9 bilhões, puxados principalmente por gastos com pessoal, reajustes salariais e vale-refeição.
Outro impacto significativo foi a perda de mercado no transporte de encomendas internacionais. A nova lei que encerrou a exclusividade dos Correios nesse segmento reduziu sua fatia de mercado: de 98% para cerca de 30%. Estimativas apontam que a empresa deixou de arrecadar R$ 2,2 bilhões com fretes de importados em 2024.
Mesmo diante do cenário negativo, os Correios anunciaram investimentos de R$ 830 milhões no último ano, focando na modernização da frota e na transição ecológica. Foram adquiridos veículos elétricos, bicicletas cargo e 1.502 novos automóveis para renovação da frota.
A empresa também lançou novas iniciativas para aumentar a receita, como o lançamento de um marketplace próprio e a implantação de pontos de coleta em lojas comerciais.