26 de dezembro de 2024 - 7:41 AM

Falso Negativo: Ex-secretário de Vigilância à Saúde do DF é preso novamente

 Falso Negativo: Ex-secretário de Vigilância à Saúde do DF é preso novamente

O ex-secretário de Vigilância à Saúde do Distrito Federal Eduardo Hage foi preso, pela segunda vez, durante Operação Falso Negativo, realizada nesta sexta-feira (25/9). Ele foi um dos alvos da operação, em agosto, quando parte da cúpula da Secretaria de Saúde do DF foi presa.  
Dias após as prisões, Hage conseguiu um habeas corpus e foi liberado pelo ministro Rogério Schietti, do Superior Tribunal de Justiça (STJ). À época, o magistrado considerou que não havia fundamentos para manter a prisão do ex-secretário. 
Também foi alvo dessa terceira fase da Operação Falso Negativo o ex-diretor de Aquisições Especiais da Secretaria de Saúde Emmanuel de Oliveira Carneiro.

A operação investiga uma possível fraude na compra de testes para covid-19. As apurações apontam que o superfaturamento na aquisição dos insumos soma prejuízo superior a R$ 18 milhões aos cofres da saúde do DF.
Além disso, segundo o Ministério Público do Distrito Federal, há fortes evidências de que as marcas dos produtos adquiridos seriam imprestáveis para a detecção eficiente da Covid-19 ou seriam de baixa qualidade nessa detecção.
Segunda fase
Em 25 de agosto, o Grupo de Atuação Especial de Combate ao Crime Organizado (Gaeco) e a Procuradoria-geral de Justiça do Ministério Público do Distrito Federal e Territórios (MPDFT) deflagraram a segunda fase da Operação Falso Negativo.
Nela, o então secretário de Saúde Francisco Araújo e outros integrantes da cúpula da Saúde foram presos. Entre eles, Ricardo Tavares Mendes, ex-secretário adjunto de Assistência à Saúde; Eduardo Seara Machado Pojo do Rego, ex-secretário-adjunto de Gestão em Saúde; Ramon Santana Lopes Azevedo, ex-assessor especial da Secretaria de Saúde e Jorge Antônio Chamon Júnior, ex- diretor do Laboratório Central do DF (Lacen).
Havia mandado de prisão também contra o ex-subsecretário de Administração-geral da Secretaria de Saúde Iohan Andrade Struck. Mas, na data, ele não foi encontrado. O alvo se entregou depois de 29 dias foragido.
Os investigados foram exonerados pelo governador Ibaneis Rocha (MDB), em 14 de setembro. A decisão foi publicada no Diário Oficial do Distrito Federal.

Reprodução: Correio Brasiliense