Moradores do Uruguai usam moeda local que movimenta economia em tempos de crise
Antes da pandemia da Covid-19 começar e mudar o mundo como nós conhecemos, a esteticista Mariana Bonfim não sabia que dentro do próprio bairro, onde vive há 31 anos, existia um banco comunitário. A descoberta sobre o Banco Comunitário Santa Luzia foi bem-vinda, já que ela, que faz unha e cabelo, precisou de um empréstimo para comprar o material para trabalhar.
Localizado no bairro do Uruguai, na península itapagipana, em Salvador, o Banco Comunitário Santa Luzia é um empreendimento de moradores da região para incentivar o comércio e empreendedores locais. Para isso, até uma moeda foi criada, o Umoja.
O agente de crédito do banco, Tiago Muniz, explica que a iniciativa surgiu há quase 10 anos, em 2010, como uma forma de auxiliar as famílias para dar sustentabilidade às crianças da comunidade.
O banco comunitário do Uruguai é até reconhecido pelo Banco Central, que controla a emissão da moeda.
Atualmente, o Umoja já é aceito em 22 empreendimentos. Quem quiser utilizar a moeda pode comprar desde calçados e confecções, até alimentação e gás. “Partindo do princípio de que a moeda é local, faz com que os clientes entendam que têm importância para essa economia. Com a moeda local, alguém que comprava em outros comércios distantes, agora pode comprar dentro da própria região, ao invés de se deslocar para adquirir seus insumos” diz Tiago.
Reprodução: A Tarde on line