26 de dezembro de 2024 - 7:47 PM

Cresce o convívio de presos comuns com chefes de facções, denuncia DPU

 Cresce o convívio de presos comuns com chefes de facções, denuncia DPU

Os presídios federais de segurança máxima, planejados inicialmente para isolar chefes de facções, permitem hoje um maior convívio entre criminosos de alta periculosidade e presos comuns, criando cenário propício para a expansão de organizações criminosas dentro das prisões, segundo indica um relatório da DPU (Defensoria Pública da União) obtido com exclusividade pelo UOL.
O órgão aponta que apenas 20% dos internos da Penitenciária Federal de Catanduvas, no oeste do Paraná, tem perfil de liderança nas facções. Para a DPU, houve um desvirtuamento da finalidade desses presídios. Segundo o relatório, decisões da Justiça estadual, como transferências sem o devido embasamento para essas unidades e renovações automáticas de permanência de detentos comuns, facilitam que eles sejam cooptados pelo crime organizado.
Esse cenário foi constatado em vistoria entre 17 e 19 de setembro de 2019 no presídio que abrigava Elias Pereira da Silva, o Elias Maluco, encontrado morto na própria cela em 22 de setembro deste ano.

Fonte: UOL