Acusada de injúria racial em metrô de BH consegue liberdade provisória
A Justiça concedeu liberdade a Adriana Maria Lima Brito, acusada de praticar injúria racial no último domingo (05), no metrô de Belo Horizonte, em Minas Gerais. A decisão foi tomada após uma audiência de custódia, realizada nesta terça-feira (07), no Fórum Lafayette, naquela cidade. Até então, Adriana estava presa.
A liberdade provisória teria sido concedida porque Adriana é ré primária e também pela pena do delito não ser superior a quatro anos de prisão. Ainda pela decisão, a mulher vai ter que cumprir as medidas cautelares de não manter qualquer tipo de contato com as vítimas comparecer a todos os atos do inquérito e ação penal, além de não poder sair de BH pelo prazo superior a 30 dias, sem autorização judicial.
Três pessoas, da mesma família, foram vítimas de injúria racial da mulher, que proferiu xingamentos como “crioulos fedorentos” e “negros fedidos. A autora do crime, uma mulher de 54 anos, foi presa após cometer a injúria.
No vídeo ela pede para que a família desça do trem por causa do odor e afirma que é racista. As vítimas, revoltadas, tentam tirar satisfação com a mulher, mas sem agredi-la. “Eu acho melhor você ter vergonha de falar que é racista”, dispara uma das vítimas.
De acordo com informações da Polícia Militar, as vítimas são um homem de 55 anos, uma mulher de 52 e uma jovem de 25. Os três estavam em um dos vagões do metrô quando começaram a ser xingados pela mulher, que chegou a afirmar que eles faziam parte de uma “raça impura” e que deveriam ir embora por serem negros. O segurança da estação do metrô precisou intervir a situação.