Dia do Engenheiro Químico: o profissional da indústria química
O engenheiro químico trabalha em escala macro, envolvendo toneladas de processos em grandes indústrias
No dia 20 de setembro, comemoramos o Dia do Engenheiro Químico, uma data dedicada a valorizar os profissionais que atuam em uma das áreas mais relevantes para o desenvolvimento industrial e tecnológico do país. Como engenheiro químico e coordenador da Câmara Técnica de Engenharia Química do Crea-BA, posso dizer que essa profissão sempre me fascinou desde os tempos de vestibular.
O engenheiro químico é, essencialmente, um agente de transformação. Quando falamos em transformar matérias-primas em produtos acabados, a presença desse profissional é indispensável. É importante destacar a diferença entre o químico bacharel e o engenheiro químico. Enquanto o químico bacharel atua em escala micro, em laboratórios e pequenas partículas, o engenheiro químico trabalha em escala macro, envolvendo toneladas de processos em grandes indústrias. Essa visão ampla é o que torna a engenharia química tão vital para a economia e para o progresso da sociedade.
Na Bahia, o papel do engenheiro químico ainda é mais evidente devido ao forte viés voltado para a petroquímica. O polo petroquímico de Camaçari, por exemplo, é um dos maiores da América Latina, e nele, o engenheiro químico tem um papel fundamental na supervisão e no desenvolvimento dos processos industriais, garantindo a eficiência e a sustentabilidade do setor.
A Câmara Especializada de Engenharia Química (CEEQ) do Crea-BA, na qual atuo, desempenha um papel crucial na supervisão, acompanhamento e regulação das atividades desses profissionais. É a CEEQ que garante que os engenheiros químicos, estejam devidamente registrados e atuem de acordo com as normas técnicas e éticas da profissão.
A formação de um engenheiro químico é rigorosa, exigindo cinco anos de graduação, que ainda podem ser complementados com especializações e aperfeiçoamentos nas mais diversas áreas de atuação. A capacitação e a atualização contínua são essenciais, e datas como o Dia do Engenheiro Químico servem principalmente para que os profissionais da área se conscientizem, cada vez mais, do seu papel na sociedade e dos desafios e das demandas que deverão surgir nas próximas décadas.
O futuro da engenharia química é promissor. O setor industrial, embora seja o campo mais tradicional de atuação, não é o único. Pela sua formação sólida na área de exatas, o engenheiro químico também tem encontrado oportunidades em várias outras áreas, onde sua capacidade de raciocínio lógico e análise de dados é cada vez mais valorizada.
Sou otimista quanto ao futuro da profissão. Acredito que o Brasil, mesmo enfrentando crises, sempre terá necessidade de engenheiros químicos bem formados e qualificados. O mercado de trabalho reconhece essa demanda, e aqueles que buscam excelência em sua formação certamente encontrarão espaço para contribuir com a construção de um futuro mais sustentável e tecnológico.
Neste Dia do Engenheiro Químico, homenageamos todos os profissionais que, com dedicação e expertise, transformam o mundo ao nosso redor.
*Luiz Mário Nelson de Góis
Engenheiro Químico e Coordenador da Câmara Técnica de Engenharia Química do Crea-BA