26 de dezembro de 2024 - 8:51 PM

Feira de Santana: Preso acusado de matar colega já responde a processo por usar CRM de outro médico; veja detalhes

 Feira de Santana: Preso acusado de matar colega já responde a processo por usar CRM de outro médico; veja detalhes

O que parece uma coincidência de nomes – Geraldo F. Júnior -, acabou virando motivo para uma fraude médica em diversas cidades da Bahia, envolvendo o acusado da morte do médico Andrade Lopes Santana, 32 anos, que teve o corpo encontrado no rio Jacuípe, nesta sexta-feira (28).

O BNews, a partir de relatos do jornalista Rafael Velame, do Blog do Velame, no Twitter, ficou intrigado com a informação de que Geraldo Freitas de Carvalho Júnior, preso nesta sexta, e apontado como colega de profissão da vítima, sequer tinha registro no Conselho Federal de Medicina.

Já neste sábado (29), a informação se confirmou com uma rápida consulta ao site do CFM, sendo descoberto também que o suspeito, na condição de médico, já havia, inclusive, sido aprovado no Projeto Mais Médicos, do Governo Federal, que serviria para validar diplomas de Medicina expedidos no exterior.

Com o encerramento do projeto, o que aconteceu foi que Geraldo Freitas de Carvalho Júnior encontrou uma forma de atuar no Brasil, mais especificamente na Bahia: passou a utilizar o registro médico de um quase homônimo, que aqui será representado apenas por Geraldo F. Júnior, este, sim, médico, com CRM expedido em São Paulo e permissão de atuação na Bahia.

Fraude
Ocorre que, em consulta ao sistema do Tribunal de Justiça da Bahia (TJ-BA), um processo movido perante os Juizados Especiais, no qual o verdadeiro Geraldo F. Júnior acusa o ‘outro’ de se utilizar do CRM dele para atuar em diversos hospitais baianos.

Na peça inicial, o autor contou que recebeu uma denúncia anônima, em 13 de dezembro de 2020, sobre a utilização do carimbo e CRM dele por outro médico no Hospital Edite Nogueira. Assim, Geraldo F. Júnior “buscou levantar mais informações e provas para registrar o boletim de ocorrência, o que ora conseguiu um laudo de alta realizado em seu nome com seu CRM de forma indevida e com anuência do Hospital”.