Roberto Jefferson é indiciado pela Polícia Federal por 4 tentativas de homicídio
O ex-deputado federal Roberto Jefferson (PTB) foi indiciado pela Polícia Federal por quatro tentativas de homicídio. Dois agentes da PF se feriram com estilhaços e outros dois estavam em uma viatura que foi atacada por Jefferson no domingo (23), ao resistia a uma ordem de prisão.
O aliado do presidente Jair Bolsonaro (PL) usou um fuzil e granadas para atacar os agentes, que foram até Comendador Levy Gasparian, no Rio de Janeiro, cumprindo um mandado de prisão expedido pelo ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF).
Segundo a PF, por volta das 11h, quando os agentes chegaram na casa onde Jefferson estava, o político jogou três ganadas e atirou com o fuzil na direção da viatura, que ficou com várias marcas. Ele só se rendeu por volta das 19h, após 8h.
Segundo o sistema do Exército, a licença de CAC do ex-deputado está suspensa e ele não poderia ter ou transportar armas fora de Brasília. Com isso, ele será alvo de processo administrativo para apurar o caso, além da investigação na esfera criminal.
Relembre
Jefferson foi preso pela Polícia Federal, no começo da noite de domingo, 23, após resistir à prisão com tiros de fuzil e uma granada. Ele se entregou à noite, após 8 horas de descumprimento da ordem de prisão expedida pelo ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF). Três viaturas da PF deixaram a casa do ex-parlamentar, onde ele cumpria prisão domiciliar desde o início do ano. Jefferson estava em uma das viaturas, sendo transferido para a sede da Superintendência da Polícia Federal no Rio de Janeiro, onde chegou pouco depois das 21 horas
Os agentes da PF foram atacados enquanto cumpriam o mandado de prisão. Os agentes Karina Miranda e Marcelo Vilela, feridos na operação, estão fora de perigo.
A prisão ocorreu depois de Moraes ordenar que a prisão de Jefferson deveria ser feita “independentemente do horário”, O ministro declarou ainda que a intervenção de “qualquer autoridade em sentido contrário, para retardar ou deixar de praticar, indevidamente o ato, será considerada delito de prevaricação”.
Para cumprir um mandado de prisão expedido por Moraes por “notórios e públicos” descumprimentos de medidas cautelares impostas a Jefferson, os agentes da Polícia Federal se deslocaram até o município no interior fluminense ainda no sábado, 22. Em sua decisão para revogar o benefício de prisão domiciliar, o ministro Alexandre de Moraes cita as “ofensas e agressões abjetas” feitas à ministra Cármen Lúcia na sexta-feira, 21, quando o ex-parlamentar, por meio de redes sociais, a chamou de “Bruxa de Blair” e “prostituta arrombada”.