Rui critica resistência de professores sobre retorno das aulas: ‘única categoria que vai voltar só depois da vacina’
O governador Rui Costa (PT) criticou a decisão do Sindicato dos Trabalhadores em Educação do Estado da Bahia (APLB), de orientar os professores para quenão retornem às salas de aula neste mês de julho. Os alunos do ensino médio retornarão às atividades semipresenciais na próxima segunda-feira (26), em sistema híbrido. O mesmo ocorrerá para estudantes do ensino fundamental, a partir do dia 9 de agosto.
Em conversa com a imprensa, na manhã desta quinta-feira (22), durante entrega de ônibus escolares para 37 municípios baianos, Rui citou diversas categorias que não pararam e permanecem trabalhando desde o início da pandemia, diferentemente dos professores.
“Vocês da imprensa estão trabalhando desde o início da pandemia. Os policiais, trabalhadores da indústria, limpeza pública, padarias, supermercados, feiras, bancos e farmácias também estão trabalhando. Ou seja, todos os trabalhadores brasileiros e baianos estão trabalhando desde o início da pandemia”, disse.
De acordo com o governador, os professores da rede estadual de ensino já tomaram, pelo menos, a primeira dose da vacina contra a Covid-19 e mais de 80% já teria completado a imunização com a segunda dose.
“Eu diria que só o segmento dos professores foi o que teve a condição ímpar de voltar a trabalhar somente depois de 100% da categoria ter tomado a primeira dose da vacina e mais 80% a segunda. Esse era o desejo de todos os trabalhadores brasileiros: de só voltar depois, de pelo menos, ter tomado a primeira dose […] acho que cada um nós, servidor público, tem que dá a sua parcela de contribuição, deixar o egoísmo e dá uma pequena parcela para ajudar as pessoas”, acrescentou o gestor estadual.
O retorno das aulas está programado para ocorrer com as turmas divididas pela metade, para seguir o protocolo de manter 50% da capacidade das salas de aula.
O primeiro bloco será formado por alunos com nomes iniciados entre as letras ‘A’ e ‘I’, e o segundo, de ‘J’ a ‘Z’. Cada escola poderá ajustar a escala de acordo com a realidade das classes.
As unidades deverão programar as aulas de modo que, enquanto metade dos alunos participe das atividades presenciais, a outra parte desenvolva trabalhos remotos, mantendo a mesma carga horária e em dias alternados para cada turma.