São João: Sesab alerta para perigo de festas e aglomerações em virtude da variante Gama
A Secretaria Estadual de Saúde (Sesab) emitiu um alerta para os municípios baianos sobre os riscos de festas e aglomerações no período junino em virtude do alto potencial de transmissão e risco aumentado para internações por covid-19.
Neste contexto, a pasta salienta que, parte do risco é provocado pela variante Gama do Sars-Cov-2, a P.1, identificada em Manaus, capital do Amazonas.
De acordo com dados divulgados pelo Laboratório Central de Saúde Pública do Estado (Lacen-BA) nesta sexta-feira (18), a variante é responsável, atualmente, por 80% das infecções pelo vírus na Bahia.
O Lacen-BA já realizou o sequenciamento de 257 amostras provenientes de pacientes de 98 municípios dos nove Núcleos Regionais de Saúde da Bahia desde setembro de 2020 até 21 de maio de 2021.
Até o momento não foi identificada nenhuma amostra com a variante Delta, a B.1.617, identificada na Índia – também considerada pela Organização Mundial da Saúde (OMS) como “preocupação global”.
Os resultados dos sequenciamentos mostram que o número de linhagens circulantes mudou com o tempo. Anteriormente, a variante Alpha B.1.1.7, oriunda do Reino Unido, era a mais comum.
“No comparativo mês a mês, vemos o crescimento da diversidade de cepas detectadas no estado, sendo oito agora. Entretanto, nos meses de fevereiro a maio deste ano, a variante P1 se tornou predominante, sendo a responsável pela aceleração do número de internações e elevação do número de óbitos em todo o Brasil, inclusive, na Bahia”, explica o secretário da Saúde do Estado, Fábio Vilas-Boas.
O titular da pasta estadual da Saúde ressalta que menos de 40% dos baianos tomaram a primeira dose da vacina contra a Covid-19, o que significa que o uso de máscara, a higiene frequente das mãos e o distanciamento social ainda são as atitudes mais eficientes para evitar a contaminação pela Covid-19.
A Sesab explica que a escolha das amostras para o sequenciamento foi baseada na representatividade de todas as regiões geográficas da Bahia, casos suspeitos de reinfecção, amostras de indivíduos que evoluíram para óbito, contatos de indivíduos portadores de variantes de atenção (VOC) e indivíduos que viajaram para área de circulação das novas variantes com sintomas clínicos característicos, como dificuldade de respirar, muito cansaço, SRAG e/ou pneumonia.