Xanddy Faz novo apelo ao setor de eventos na pandemia, “já ajudei da forma que pude.”
Com 26 anos de história apenas no Harmonia do Samba, o cantor Xanddy lembrará, assim como boa parte da população baiana, do Carnaval de 2021 como o tempo em que os trios elétricos foram substituídos por lives nas redes sociais. Os efeitos da pandemia da Covid-19 fizeram com que os artistas buscassem formas de entreter seu público e, no caso do baiano, uma live conjunta com os amigos Léo Santana e Tony Salles (Parangolé) foi a solução encontrada. Mas, nem por isso, a saudade não se fez presente nos dias que seriam reservados para a tradicional folia. “Não ter isso foi algo bem esquisito. Desde quinta-feira – aqui começa antes, né? – ficou um vazio, uma coisa melancólica. Confesso que até parei de olhar as redes sociais [para não ver as lembranças]”, disse em entrevista.
No papo, o cantor voltou a chamar a atenção para a necessidade de medidas que priorizem o setor do entretenimento, parado desde o início da pandemia. “Enquanto pessoa física já ajudei tudo que pude a todos de minha equipe e até outros de fora. A empresa – enquanto pessoa jurídica – também fez muito dentro do possível. Penso que, principalmente aqui na Bahia, os músicos são molas propulsoras para muitas coisas, somos a cidade da música e reconhecida pela Unesco. Então, não ter um olhar cuidadoso para esta classe; um amparo financeiro mesmo, uma coisa organizada, é muito difícil de digerir. Para mim fica um ar de abandono. Sei que vários outros setores estão sofrendo, mas eu posso falar pelo meu”, reforçou.