Wagner se posiciona contra voto impresso, mas defende checar urnas por amostra

O senador Jaques Wagner (PT) se mostrou contrário ao retorno do voto impresso no Brasil. A proposta tem sido debatida no mundo político, e tem o presidente da República, Jair Bolsonaro (sem partido), como o principal defensor.

“O voto (impresso) é dispensável. O sistema tem se mostrado seguro, mas admito que o próprio TSE (Tribunal Superior Eleitoral) pode, em cada eleição, por amostragem fazer a checagem sem avisar onde será. Não se pode testar o sistema só com a palavra de um indivíduo”, argumentou Wagner, em entrevista ao jornal Tribuna da Bahia.

Na semana passada, o presidente nacional do DEM, ACM Neto, também se manifestou contrário à proposta. “Sou contra. É um retrocesso. Temos um sistema seguro. Um dos mais avançados do mundo. Voto impresso é voltar à idade da pedra. E provoca uma brutal insegurança no processo eleitoral”, declarou. O democrata disse ainda que o tema ainda não foi discutido no partido. “Mas vou defender essa posição (contra o voto impresso) dentro do partido”, ressaltou.

Já o ministro da Cidadania, João Roma (Republicanos), defende o voto impresso. “Pode ser considerado, sim, um avanço para que se verifique toda a autenticidade e a legitimidade das nossas eleições. Portanto, tenho certeza de que o Brasil vai seguir cada vez mais firme na sua consolidação democrática, o voto impresso seria um avanço nesse sentido”, declarou.