28 de dezembro de 2024 - 3:39 AM

‘Não será comprada’, diz Bolsonaro sobre vacina Coronavac

 ‘Não será comprada’, diz Bolsonaro sobre vacina Coronavac

Ministério da Saúde assinou na terça intenção de adquirir 46 milhões de doses de fórmula desenvolvida pelo Instituto Butantan e pelo laboratório chinês Sinovac contra Covid-19

Menos de 24 horas após o Ministério da Saúde anunciar que tem a intenção de adquirir 46 milhões de doses da Coronavac, vacina candidata contra Covid-19 do laboratório chinês Sinovac Biotech testada no Brasil pelo Instituto Butantan, o presidente Jair Bolsonaro desautorizou o ministro Eduardo Pazuello e afirmou nesta quarta-feira que o imunizante contra o novo coronavírus “não será comprado” pelo governo brasileiro. A informação foi publicada em rede social.

“A vacina chinesa de João Dória: para o meu Governo, qualquer vacina, antes de ser disponibilizada à população, deverá ser COMPROVADA CIENTIFICAMENTE PELO MINISTÉRIO DA SAÚDE e CERTIFICADA PELA ANVISA. O povo brasileiro NÃO SERÁ COBAIA DE NINGUÉM”, disse, acrescentando:

Segundo aliados, o presidente também enviou mensagens afirmando que não iria comprar “uma só dose de vacina da China” e que se governo “não mantém qualquer diálogo com João Doria na questão do Covid-19”.

Mais cedo, Bolsonaro respondeu a um usuário que criticava o acordo entre o governo brasileiro e a empresa chinesa, afirmando que a vacina “não sera comprada”.
“Presidente, a China é uma ditadura, não compre essa vacina, por favor. Eu só tenho 17 anos e quero ter um futuro, mas sem interferência da ditadura chinesa”, comentou o usuário, ao que o presidente respondeu:
“NÃO SERÁ COMPRADA”, em caixa alta.
A mensagem foi enviada a ao menos outros dois usuários que criticavam o acordo e Pazuello. Em duas das respostas, o presidente disse ainda que “tudo será esclarecido hoje”.

Reprodução: O Globo