27 de abril de 2024 - 9:12 AM

Com menos carros nas ruas, acidentes reduzem em Salvador

 Com menos carros nas ruas, acidentes reduzem em Salvador

De janeiro até agosto deste ano, foram registrados 900 acidentes na capital baiana

A cada ano, a vida de aproximadamente 1,35 milhão de pessoas é interrompida devido a um acidente de trânsito. Entre 20 e 50 milhões de pessoas sofrem lesões não fatais, muitas delas resultando em incapacidade. É o que mostra a Organização Pan-Americana de Saúde no Brasil (OPAS). Contudo, durante a pandemia do novo coronavírus, com menor quantidade de carros circulando nas ruas de Salvador, houve uma redução de 57% nos acidentes com automóveis.
De acordo com a Superintendência de Trânsito do Salvador (Transalvador), de janeiro até agosto deste ano, foram registrados 900 acidentes com automóveis na capital baiana. Neste período, foram computados 870 acidentes que deixaram pessoas feridas e 30 vítimas fatais. Já no mesmo período do ano passado, o órgão registrou um total de 1.580 acidentes. Em relação aos feridos, o órgão registrou 1.547, sendo que 33 deles resultaram em pessoas mortas.
Ainda segundo a Transalvador, as principais causas dos acidentes cometidos pelos motoristas são: Excesso de velocidade, avançar sinal vermelho e estacionar em local irregular. Lembrando que a pasta não contabiliza os horários que mais ocorrem os acidentes em Salvador.
No que diz respeito aos bairros com maior número de acidentes fatais, o órgão destaca para esse ano: Avenida Afrânio Peixoto (10), Avenida Luís Viana (5), Rodovia BA-526 (trecho que corta Salvador) (3), Avenida Vasco da Gama (3), Avenida Dorival Caymmi (2), Rua Marquês de Maricá (2), Avenida Antônio Carlos Magalhães (2), Rua Padre Casimiro Quiroga (2), Avenida Edgard Santos (2) e Rua Thomaz Gonzaga (2).
Já os bairros com maior número de acidentes fatais, o órgão destaca para o ano passado: Avenida Luís Viana (10), Rodovia BR-324 (trecho que corta Salvador) (9), Avenida Afrânio Peixoto (5), Avenida Antônio Carlos Magalhães (5), Avenida Dorival Caymmi (4), Avenida Vasco da Gama (5), Avenida Jequitaia (3), Avenida Engenheiro Oscar Pontes (2), Avenida Mário Leal Ferreira (4) e Rodovia BA-526 (trecho que corta Salvador) (3).
STATUS SOCIOECONÔMICO
Mais de 90% das mortes no trânsito ocorrem em países de baixa e média renda. As taxas de mortalidade por lesões no trânsito são mais elevadas na região africana da OMS. Mesmo em países de alta renda, pessoas de menor nível socioeconômico são mais propensas a se envolver nesses eventos, de acordo com os dados da OPAS.
Em relação a idade das pessoas, o órgão diz que as lesões ocorridas no trânsito são a principal causa de morte entre crianças e jovens de 5 a 29 anos.
Segundo a Organização, um aumento na velocidade média está diretamente relacionado tanto à probabilidade de ocorrência de um acidente quanto à gravidade das suas consequências. Cada aumento de 1% na velocidade média produz, por exemplo, um aumento de 4% no risco de acidente fatal e um aumento de 3% no risco de acidente grave. O risco de morte para pedestres atingidos frontalmente por automóveis aumenta consideravelmente (4,5 vezes de 50 km/h para 65 km/h). No choque entre carros, o risco de morte para seus ocupantes é de 85% a 65 km/h.
Outro fator relevante é conduzir sob a influência de álcool ou qualquer substância ou droga psicoativa aumenta o risco de acidente com morte e lesões graves.

Reprodução: Tribuna da Bahia