PF e Receita descobrem propinas milionárias a três auditores federais e um fiscal da Fazenda de São Paulo
Operação Triuno faz 14 buscas em endereços das cidades do Rio, São Paulo, Barueri e Santo André para investigar supostos crimes de lavagem de dinheiro, sonegação tributária, associação criminosa, embaraço à investigação, corrupção, evasão de divisas e falsidade ideológica
A Polícia Federal e a Receita deflagram na manhã desta quinta, 22, a Operação Triuno para investigar suposto pagamento de propina a três auditores federais e um estadual. A ofensiva apura crimes de lavagem de dinheiro, sonegação tributária, associação criminosa, embaraço à investigação, corrupção, evasão de divisas e falsidade ideológica.
Agentes cumprem 14 mandados de busca e apreensão: um na cidade do Rio de Janeiro (RJ), dez em São Paulo, dois em Barueri e um em Santo André (SP). Segundo a PF, a ofensiva concentra três novas fases da Operação Descarte – 8ª, 9ª e 10ª – que possuem apurações conexas relacionadas a três empresas.
A corporação apontou que a partir da análise da documentação de um escritório de advocacia especializado em operações simuladas de prestação de serviços e fornecimentos de produtos – material apreendido na primeira fase da Operação Descarte, aberta em 1º de março de 2018 – , foram identificados três grupos empresariais que usaram tais serviços para obter recursos em espécie para pagar de propina a três fiscais federais e a um fiscal estadual.
A investigação confirmou que três auditores fiscais fiscalizaram duas empresas em 2014 e 2015. De acordo com os investigadores, elas simularam a contratação do escritório de advocacia e de empresas de assessoria ligados aos auditores, para prestação de serviços jurídicos e de consultoria para pagamento de R$ 4,7 milhões.
Reprodução: Estadão