‘Policial blogueira gata’ e Amado Cigano atingidos por portaria da PM; fotos são excluídas
Uma portaria divulgada pela Polícia Militar baiana proíbe postagens nas redes sociais na qual a imagem da instituição seja associada a “posturas impróprias”, a exemplo de exposição do corpo nas redes sociais. A decisão não desautoriza o militar de publicar fotos em suas páginas pessoais, desde que esteja de acordo com as regras internas.
A medida, de acordo com a fonte do Informe Baiano, atinge em cheio os “policiais blogueiros e artistas”, a exemplo de Flora Machado, Amado Cigano e até mesmo o Coronel Sturaro, que está na reserva. Os dois primeiros, por exemplo, já excluíram fotos e vídeos em que, supostamente, estariam em desacordo com os padrões da instituição.
Com mais de 340 mil seguidores no Instagram, a soldado Flora é um fenômeno nas redes sociais e costuma postar fotos exibindo os atributos peculiares, além de fazer ensaios sensuais. Cada postagem ultrapassa os dois mil comentários, alcance que nem o perfil oficial da própria PM atinge.
No perfil da “policial blogueira gata”, mas não conseguiu encontrar mais nenhuma foto fardada. Porém, em uma pesquisa mais minuciosa, foram localizados registros em situação comum em outros perfis do Instagram.
O ‘coroa rondespiano’ Humberto Sturaro, que é taxado na corporação como “blogueirinho”, mesmo na reserva, também foi atingido pelas medidas. Porém, em seu perfil oficial não foram verificadas publicações que estariam em desacordo com as novas normas.
A Portaria, divulgada pela Polícia Militar da Bahia, dispõe sobre a exposição da imagem institucional da corporação por militares em mídias sociais. O documento assinado pelo comandante-geral, coronel Paulo Coutinho, afirma que com frequência integrantes da PM veiculam fotos ou vídeos uniformizados e com “posturas impróprias, e em circunstâncias que, além da própria honra e da sua imagem, depõem contra a imagem e os valores institucionais”.
A portaria da PM fala que a “apologia de condutas ilícitas” e a “sensualidade corporal, bem como a questões e fatos de natureza interna, constituem práticas que, além de contrariarem o pundonor militar, devem ser repelidas por todos os integrantes da Corporação”. Ainda conforme o relatório, a atitude impacta “negativamente” em toda classe e “não é possível dissociar a imagem da pessoa de um militar uniformizado da imagem institucional”.
Por fim, comandante-geral determina, a partir de 26 de fevereiro, data da publicação da portaria, que “ficam vedadas as práticas acima descritas, ficando o militar sujeito às sanções disciplinares pertinentes”.